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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O mundo é administrado pelos homens

A filósofa Marcia Tiburi afirma que “vivemos num mundo administrado pelos homens”. E que “o mundo é o mundo dos homens”.

No Brasil, entretanto, temos uma sociedade marcada pelo patriarcalismo, pela machismo, pelo sexismo e mais diversas formas de discriminação e preconceitos. Por quê? Para entender esse atavismo temos de recuar ao passado histórico do Brasil. Ai, sim poderemos encontrar os germes desse mal-estar.

“A sociedade brasileira”, afirma Maria Isabel, carrega uma marca autoritária: já foi uma sociedade escravocrata, além de ter um alonga tradição de relações políticas paternalistas e clientelistas, com longos períodos de governos não democráticos. Até hoje é uma sociedade marcadas pelas relações sociais hierarquizadas e por privilégios que se reproduzem um altíssimo nível de desigualdade, injustiça e exclusão social”.

É comum ouvir: sabe com quem está falando? Uma clara manifestação da hierarquização com forte clivagem que separam as classes privilegiadas das que não mandam, mas que parecem existir somente para a subserviência. As novelas, por exemplo, reproduzem isso. As empregadas estão bem no lugar delas.

Joaquim Nabuco afirmava que a escravidão não acabaria com a abolição. Alguém duvida disso?

Isonomia significa a igualdade. Teoricamente todo mundo é igual.

Entretanto, há na cultura brasileira momentos em que essas diferenças desaparecem (momentaneamente). Quando? No desfile de carnaval o desigual aparece como igual, o que faz dele uma verdadeira inversão dessa hierarquia. O futebol é outro momento importante. Ele quebra essa hierarquia.

O Brasil, pais onde as pessoas se distinguem pelo nome e pela posição social, é muito importante observar como marcas da nossa cultura, como o futebol e o carnaval, podem servir de baliza para pensar essas diferenças, fermentar o caldo cultural para união, a solidariedade, o respeito as diferenças e a inclusão.

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