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quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Schopenhauer

A tua obstinação era a decifração do enigma do mundo,
Cujos segredos guardava a esfinge, mas do solo das
Estrelas um espaço sorridente entre cada astro hesita.

Tu partiste de onde ninguém mais se mexe, volvendo as
Ariscas serpentinas que envolvem o teu olhar ilhado
Para inscrever o teu testemunho na terra fustigada.

O cais de onde partiste está situado na circunferência
De um plano eqüidistante da vontade, que não assoma
Em nenhum ponto, mas que ganha distancia em relação
As dobras do mundo.

Inscreveste nas lâminas do tempo as formas mais duradouras
Da condição humana, porém as mais difíceis. Com elas se esvaem
As ilusões do tempo, formas fenomênicas perceptíveis apenas
Pela razão, matrizes temporais por onde a ampulheta deixa escorrer
Até o último vestígio os frutos do desejo.

Aqui é o fim das ilusões, ultima quimera que o véu de Maia
Recobre com sutis sortilégios.

O ontem é o hoje que se emancipou no tempo,
O hoje é um ontem que já contemplou a aurora,
O amanhã é um hoje que não conhece o ocaso.

Uns após outros, seqüência evasiva da trama
Da vontade, por onde se extravia o pensamento
Dos homens à cata dos estandartes em suas evasivas cores.

O que nos traz aqui, a este antigo pináculo?
Onde se encontra o espolio para essa lição
Secreta do martírio?

As predições prosseguem descendo ao branco das
Paginas, mas cujas respostas é o contrário da linguagem.

Volvem as idéias e a ordem é revisada.
O curso das idéias, livre da razão suficiente,
Acolhe vislumbres das origens arquetipicas.
Dissiparam-se os enganos, o medo e a dor.
E os ventos fortes das facas obsedianas descansam
Na contemplação dos altos promonitórios.

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