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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

12 de Outubro – O massacre

 
Hoje é dia 12 de outubro de 2011. Em 12 de outubro de 1492, o navegador Cristóvão Colombo descobre a América, segundo eles diziam, como se não houvesse uma população nesse lugar. Chamavam a terra nova. Só que os habitantes nativos já se encontravam aqui há milhares de anos, e chamavam esse continente de Aby ayala.

Os europeus chegaram com suas com suas armas, seus preconceitos e impuseram um sistema de dominação avassalador. O balanço macabro da conquista pode ser demonstrado por alguns números aproximados: na ilha de Hispaniola, quando Colombo chegou em 1492, existiam 400.000 índios; em 1542, exatamente 50 anos de ocupação pelos Civilizados, provocaram um massacre, restando apenas 200; no México, na população era de 11 milhões em 1520, reduzido-se a 4 milhões 50 depois. Numa visão global, na America Espanhola da época da descoberta existiam aproximadamente 50 milhões de índios, enquanto na época da independência (Seculo XIX) o número chegava a 8 milhões.

Milhões de negros foram arrancado de seus países e submetidos a escravidão, por serem tidos como raça inferior e sem alma. Os povos negros vinham em navios abarrotados, submetidos a uma situação que nem aos animais se poderia imaginar tamanha barbaridade.
Por mais de 4 séculos negros e índios foram reduzidos a coisas, objetos, desprezíveis. As potencias colonizadoras se empanturravam de riquezas, pilhando e explorando o continente “descoberto”. A Igreja Católica, que havia dado aval as potencias colonizadoras, pede moderação, ao que os católicos colonizadores respondiam: “se acata pero no se cumple”. E o sangue jorrava pelas terras da América.

Com essa ação das potencias européias, nasceria a dicotomia que atravessaria os séculos e chegaria até os dia atuais: o Norte rico e o Sul pobre. Sendo o sul “civilizado”, enquanto que o Norte é atrasado, ignorante, bárbaro.

Os efeitos deletérios dessas ações desumanas não tiveram o seu dia de independência até o presente. Milhões ainda morrem na pobreza, fome, e o analfabetismo é grande. Os Criollos dos nossos tempos mantêm seus privilégios, enquanto um grande contingente mantém-se a margem. Lembrar a história ajuda a esclarecer e entender o passado à luz do presente.

Helder Modesto - filósofo, escritor e professor 

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