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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mudança de Paradigma




Entre as muitas dívidas que a nossa sociedade possui, é a divida ecológica uma das mais pesadas “por causa das conseqüências futuras que comporta”, diz Boff.

Enquanto a ciência comprova que intensas alterações causadas pelo homem na estrutura biológica e física do planeta já provoca mudanças climáticas globais e a mais alta taxa de desmatamento da floresta amazônica nos últimos 7 anos demonstra a ineficiência dos esforços governamentais e civis em conter o desmatamento.

É grande o número de movimentos para preservação da vida no planeta terra. Algo nunca visto na historia da humanidade. Nesse estado de espírito, diz a educadora Elisa Wandelli: “um novo paradigma tem que ser assumido como substituição radical das estruturas sociais e materiais existentes em nossa sociedade consumista”. Se de um lado a concentração de rendas é um dos fatores agravantes dos problemas ambientais e sociais, por outro, a terra não se sustentará  se toda a humanidade adotasse os padrões atuais de consumo nos moldes dos países de primeiro mundo. Se toda a população da china almejasse um padrão de vida igual ao dos paises de primeiro mundo, seria necessário mais um planeta terra, avalia a ONU.

A mudança profunda de valores que o homem precisa fazer para não incorrer no desequilíbrio total do planeta só ocorrerá com uma nova consciência: a de que formamos uma única família - a família humana, dividindo o mistério da vida, aqui, junto com todos os outros seres vivos da terra. Essa mudança deverá ocorrer com uma educação que enfatize mais solidariedade do que competitividade – tão profundamente arraigada na sociedade capitalista -; na valorização da partilha do que na lógica da acumulação; da modéstia invés de exibicionismo. Enfim, a educação do século XXI terá que contemplar a formação integral do homem, e não uma educação técnica/racional/instrumental, que faz de todas as coisas objetos. Incluindo homem e natureza.

Educar para a autonomia enriquece a questão da subjetividade, dimensão essencial do ser humano para construção do sentido ético.  


Artigo que publiquei no Jornal Chega São Paulo

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