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segunda-feira, 14 de março de 2011

O que trazemos de nossa ancestralidade


A civilização humana já tem milhares de anos e velhos vícios comportamentais ainda se perpetuam. Se pudéssemos caminhar pala linha da vida da humanidade e chegássemos próximos de quando o homem apareceu na terra, na sua forma mais primitiva, talvez o que mais caracteriza o ser humano em sua estrutura psicológica e o acompanha até hoje é o MEDO. Quando o homem morava nas cavernas, andava em grupo para manter-se salvo da ameaça dos animais predadores que dividiam com ele no espaço natural (Michel).

O homem evoluiu mentalmente, mas muito pouco em seu instinto. Depois do medo de ser atacado por animais passou a ter medo de membros da sua própria espécie que pudessem saquear o seu alimento, mulheres e bens que ele possuía. Passou então a fazer uso de artefatos para sua defesa. As primeiras armas surgiram nesse período. Esse novo paradigma do medo desenvolveu no homem a habilidade da guerra em nome da preservação de seu grupo. O grupo deu lugar às classes – no advento da sociedade e da divisão de classes – e isso separou os grupos em níveis sociais. A Idade Média foi o palco da força da classe nobre sobre as classes menos favorecidas. O MEDO, do poder dominava os povos vassalos. Aliado ao poder reinante sempre esteve o poder religioso – que se tornava cada vez mais institucionalizado – e juntos governavam as sociedades com mãos de ferro. A fogueira, a guilhotina, a forca e a tortura eram meios de coação bastante usados, poucos ousavam transpor os limites estabelecidos pela elite reinante.

Chegamos e era Moderna e o que vemos não representa muito em termos de mudança. Aliado aos medos de morrer, ficar velho, da doença, da pobreza, da critica e de perder o amor da pessoa amada, poderíamos citar ainda o medo das bombas nucleares, de ser roubado, de ser preso, dos quais poderíamos classificar de MEDOS SOCIAIS porque cria uma sociedade defensiva, separatista, anti-social e isolada em dogmas, sistemas políticos, classes sociais, profissionais e culturais. O totalitarismo, o capitalismo, as ideologias liberais e as religiões não desempenharam papeis de mudanças significativas, para dar a humanidade o que ela mais precisa que é a liberdade. A humanidade se desenvolveu em nível extraordinários no campo das ciências exatas, biológicas, da razão instrumental, e sociais mas falta ainda responder muitas questões no campo da psique humana, do fazer ser. O paradigma humano ainda é o mesmo – O Homem é um ser medroso, acorrentado às suas dúvidas, carências e condicionamentos.

Apesar de se encontrar preso e condicionado a estruturas sociais dogmáticas e outros condicionantes, descobertas da física quântica nos mostram, nessa nova forma de ver a vida e suas relações, que tudo está inter-relacionado. A partir dessa nesga de luz a humanidade encontra um caminho mais auspicioso. A música, a poesia e o canto de um pássaro resgatam no homem a sua essência de ser natural, parte da natureza e não dono dela.

Ao invés de acumulo desmedido, da ganância, de guerras, devemos cultivar flores em nossos jardins, brincar com as crianças, deixar que a inocência das crianças nos mostre o paraíso que perdemos com egoísmo, fazer novos amigos, promover a paz entre os homens e a conciliação entre todas as religiões, ter mais contato com a natureza, mais liberdade para pensar, agir e participar de movimentos sociais e políticos visando o bem-estar comum.

A Inteligência Emocional tem mostrado a irracionalidade da inteligência Racional Instrumental e o lado direito do cérebro já meio esquecido começa a acordar de seu longo sono para mostrar a beleza de uma composição musical, uma bonita obra de arte, uma poesia, um belo recanto natural, o sorriso de uma criança, um amigo que nos alegra a vida ou os momentos com a pessoa amada. Coisas simples como essas resgatam em nós algo que já anda meio perdido - o Humanismo

2 comentários:

  1. COLAVITE - Algo a ver com Ninica ? Se o for surpreendo me com voce. Temos linhas de pensamento quase paralelas. Mentalizações que vou expor em meu novo livro em principio do ano novo 2013 com o titulo PONDERAÇÕES já que sou um obsstinado ponderador.
    Abraços menino.
    João Pinheiro

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  2. COLAVITE - Algo a ver com Ninica de Rancharia?
    Se o for me surpreendo com voce; Pois nossas linhas de pensamento São muito paralelas, o que vou expor em meu novo livro em principio do ano 2013, intitular-se-a PONDERAÇÕES ja que sou um obstinado ponderador do incógnito e enigmático.
    Abraços menino.

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